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4. Material e métodos

Os materiais genéticos avaliados foram 31 progênies de pupunheira provenientes da Embrapa-Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Ocidental, de Manaus. As sementes foram obtidas por meio de fecundação aberta de matrizes com ausência de espinhos, sendo consideradas geneticamente como progênies de meios-irmãos.

O experimento foi instalado em uma área com solo tipo Latossolo Amarelo, textura média, topografia plana, cobertura com vegetação de capoeira, clima tipo Ami, segundo a classificação de Köppen, com temperatura média anual de 27ºC, umidade relativa do ar média de 82% e precipitação média anual de 2.700 mm, em janeiro de 1998, no Campo Experimental do Matapí, da Embrapa-Centro de Pesquisa Agroflorestal do Amapá.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições, parcelas lineares compostas por cinco plantas, espaçamento de 2,0x1,0 m e bordadura composta por uma fileira em torno do experimento.

Aplicaram-se 100 g de superfosfato triplo na cova e em cobertura, uma mistura de 110 g de uréia com 85 g de cloreto de potássio dividida em três aplicações de 65 g. Na condução da cultura foram empregadas as recomendações preconizadas por Nogueira et al. (1995).

As progênies foram avaliadas aos 15 (corte 1), 26 (corte 2) e 37 (corte 3) meses pós-plantio, coletando-se dados de altura da planta no momento do corte (APC, medida do solo até o ponto de inserção da folha guia e a primeira folha expandida), diâmetro da planta na altura do colo (DPC, medida com auxílio de paquímetro) e peso do palmito líquido (PPL, palmito tipo exportação), conforme recomendações de Clement & Bovi (2000).

Foi realizada a análise de variância em cada corte, para estimar a relação entre o maior quadrado médio do resíduo e o menor para cada corte, a fim de verificar se haveria a necessidade de ajustes de graus de liberdade das fontes de variação, para posterior análise de variância conjunta de cortes. As análises de variância, as estimativas dos parâmetros genéticos e fenotípicos, como a herdabilidade, coeficientes de variação, correlações fenotípicas e genotípicas foram efetuadas através do programa GENES, versão 2001.0.0 (GENES..., 2001). Os procedimentos estatísticos adotados foram os de Vencovsky & Barriga (1992). No teste de agrupamento de médias, adotou-se os procedimentos matemáticos de Scott & Knott (1974).

O modelo matemático empregado foi:

em que : é o valor fenotípico médio do caráter Y medido no material genético i, no corte j; m é a média geral paramétrica dos dados em estudo; Gi é o efeito do i-ésimo genótipo, aleatório; Cj é o efeito do j-ésimo corte, aleatório; GCij é o efeito da interação do i-ésimo genótipo com o j-ésimo corte, aleatório; é o erro médio associado à observação Yij, aleatório.

O efeito de blocos foi adicionado ao resíduo. Considerou-se como aleatório o efeito de progênies ou genótipos, pois os materiais foram obtidos de polinização aberta entre as diversas plantas matrizes, e o efeito de cortes, pois não foram realizados em datas predeterminadas.

5. Resultados e discussão

Na idade de corte 3, houve amplificação da expressão das diferenças genéticas existentes entre as progênies, e as datas de cortes possibilitaram maior distinção, proporcionando aos caracteres avaliados estimativas maiores de coeficiente de variação genética (CVg%) em comparação aos obtidos nos cortes 1 e 2 (Tabela 1). Quanto ao caráter PPL, que apresentou as maiores estimativas, os valores podem ser considerados como médios (entre 17,06 e 27,22), não comprometendo a precisão dos dados experimentais, sendo um pouco maior do que o observado por Farias Neto (1999) e abaixo dos valores para peso de palmito dos trabalhos de Bovi et al. (1992, 1993), podendo-se considerar que os valores são apenas indicativos da presença de maior variação para o caráter PPL em relação aos caracteres APC e DPC.

As estimativas do coeficiente herdabilidade (h2), nos cortes 1 e 3, podem ser consideradas como médias, indicando que os caracteres apresentaram forte controle genético e têm grandes possibilidades de serem transmitidos para gerações futuras. No corte 2, as estimativas de h2 foram menores para os três caracteres, reflexo dos valores obtidos dos quadrados médios das progênies e do resíduo, indicando que ocorreram efeitos de condições não genéticas, provavelmente ambientais, com maior contribuição em relação à genética.

As relações entre o maior e o menor quadrado médio dos resíduos das análises de variância por corte foram de 4,279, 1,725 e 2,717, respectivamente, para APC, DPC e PPL, indicando que não houve discrepância entre as precisões experimentais, por serem menores que sete, o que, segundo Pimentel-Gomes (1991), permite a realização da análise conjunta sem ajuste dos graus de liberdade (Tabela 2).

O efeito de blocos (repetições) e o efeito da interação cortes x blocos foram adicionados ao resíduo, principalmente por não haver interesse em se avaliar o efeito destas fontes de variações. Com o acréscimo efetuado, o grau de liberdade do resíduo mudou de 180 para 186, refletindo maior precisão do teste F (Tabela 2). Os tratamentos apresentaram valores significativos para o teste F, indicando que as progênies comportaram-se de maneira diferenciada, o que beneficia o processo do melhoramento e, indiretamente, os agricultores, já que indica a existência de variabilidade para seleção dos indivíduos superiores, aumentando a média populacional posterior.

Não foi detectado efeito de cortes para o caráter PPL, ou seja, este caráter sofre menos influência das datas de corte que os demais, podendo ser interessante pela manutenção dos níveis de produtividade de palmito em vários cortes. Cuidados devem ser observados, pois são necessários mais testes para comprovação antes de qualquer recomendação.

Quanto ao efeito da interação entre genótipo e corte (GxC), não foram detectadas diferenças significativas entre as progênies para os três caracteres avaliados nos diferentes cortes e não ocorreu melhoria do desempenho de uma progênie em relação a outra com a alteração da data de corte. Isso indica que a espécie apresenta suficiente adaptação fenotípica para manter suas características mesmo com o passar do tempo, fato que pode ser interessante, pois, ao se selecionar uma progênie de alta produtividade, a tendência é de manutenção dos níveis de produção, mesmo após vários cortes.

Todos os caracteres apresentaram herdabilidades médias que podem ser utilizadas nos processos de melhoramento, pois são indicativos de que as qualidades superiores encontradas podem ser transmitidas para gerações futuras. Isto significa que os melhores indivíduos selecionados nesta geração apresentam a tendência de transferirem seus níveis de produtividade para as próximas gerações, mantendo, com isso, pelo menos, os mesmos patamares de produtividade (Tabela 3). Os valores obtidos neste trabalho foram bem superiores aos estimados por Farias Neto & Resende (2001) e também aos de Farias Neto (1999), que obteve estimativas de 37% para APC, 30% para DPC e 30% para PPL, aos 15 meses de idade.

A razão CVg/CVe pode ser empregada como um índice indicativo do grau da facilidade de seleção das progênies para cada caráter. Quando a razão estimada for igual ou maior que 1,0, tem-se uma situação muito favorável para o processo de seleção; ou seja, a variação genética disponível é a maior responsável pelos valores de CV estimados dos dados experimentais. No experimento, todos os resultados foram menores que 1,0 (0,35 e 0,36), indicando que o processo de seleção deverá ser realizado de maneira criteriosa, empregando-se procedimentos estatístico-genéticos com sensibilidade suficiente. Uma solução teórica seria o uso de maior número de repetições, que poderia causar a redução no CVe, e com isso a relação CVg/CVe poderia aumentar. Também poderia ocorrer aumento na variância e assim não seria alcançado o resultado necessário. No entanto, os valores de CVe para APC e DPC foram baixos (Tabela 3), indicando que o número de repetições e a precisão experimental foram bons, e que talvez o aumento da variabilidade genética através da introdução de novos materiais seja o mais adequado para futuros processos de melhoramento.

O coeficiente de variação genética foi baixo pelo fato de as progênies terem sido selecionadas antes da instalação do experimento. As progênies foram obtidas de populações já melhoradas por instituições de pesquisa, reduzindo a variabilidade genética que existe comparativamente em populações naturais. Apesar deste fato, as progênies apresentaram variabilidade genética disponível para seleção.

A discussão das correlações foi realizada com base nas estimativas genotípicas, cujos componentes são apenas os fatores genéticos das progênies (Tabela 4). A correlação entre DPC e PPL (0,860), que concorda com a obtida por Farias Neto (1999), foi maior que entre APC e PPL (0,629). Isto indica que a associação entre os caracteres DPC e PPL pode ser útil ao processo de melhoramento, pois facilita o processo de seleção indireta da produtividade pelo diâmetro da planta à altura do colo, cuja avaliação no campo é mais fácil que a pesagem do palmito, processo que demanda muita mão-de-obra e tempo. Estes resultados confirmam as correlações positivas e significativas encontradas entre caracteres vegetativos (diâmetro) com componentes diretos da produção (peso, diâmetro e comprimento do palmito) por Bovi et al. (1988, 1992, 1993), Clement et al. (1988) e Gomes & Arkcoll (1988).

A correlação positiva entre APC e PPL mostra que plantas mais altas, de mesma idade biológica, apresentam maiores produções de palmito. A partir de certo nível, esta associação pode se tornar indesejável, pois quanto maior o crescimento em altura da planta, o processo de corte do palmito vai se tornando mais trabalhoso, por produzir um volume maior de material indesejável (parte do estipe descartado), induzindo em alguns casos à realização de duas alturas de corte, uma para retirar o estipe todo e outra para separar a parte improdutiva da que contém o palmito. Com isso, o mais indicado seriam valores de correlações negativas, em que plantas mais baixas produziriam maior quantidade de palmito. A correlação entre APC e DPC indicou que nem sempre as maiores plantas em altura apresentam caules mais grossos, podendo ocorrer tanto a presença de plantas altas ou baixas com estipes finos ou grossos. Deste modo, a seleção indireta de um caráter em função do outro poderia acarretar a escolha de materiais inadequados para a condução no campo.

Com relação ao APC, na comparação entre médias pelo teste de Scott-Knott, o grupo superior, indicado pela letra "a", é o que engloba as plantas mais altas, mas nem sempre é o mais desejado nos plantios, por dificultar possíveis procedimentos de colheita do palmito (Tabela 5). Porém, a correlação genotípica encontrada indica que este caráter é associado positivamente com PPL. Assim, verifica-se a necessidade de um estudo mais detalhado de seleção, a fim de discriminar a presença de segregantes transgressivos que consigam quebrar esta correlação, apresentando plantas baixas com alto valor de PPL.

Quanto ao caráter DPC, o grupo "a" é de maior interesse por representar as progênies com maior diâmetro de estipe. Este grupo apresentou 14 progênies (45% do total), ou seja, foi o grupo que apresentou as melhores progênies para o programa de seleção. Em relação ao caráter PPL, o grupo "a", formado pelas progênies de maior produtividade, as quais não diferiram significativamente entre si, foi composto por 21 (68% do total) das 31 progênies testadas, com médias variando de 299,23 g a 225,56 g, devendo ser preferidas nos processos de seleção. Um comparativo de PPL com a classificação em DPC pode indicar que ocorreu coincidência entre os melhores desempenhos para ambos os caracteres, confirmando o resultado de correlação genética. Quanto ao PPL, as progênies do grupo "b", apesar de serem consideradas inferiores, somente deverão ser descartadas se não apresentarem outras características importantes em futuros processos de melhoramento, como por exemplo, resistência a pragas e doenças, alta precocidade e melhor perfilhamento.

Estudos genéticos aprofundados devem ser realizados sobre as progênies disponíveis no campo experimental, pois a existência de variabilidade genética possibilita encontrar ao menos um indivíduo que poderá servir de base para cruzamentos futuros.

6. Conclusões

1. Existe variabilidade genética para seleção entre as progênies avaliadas.

2. As progênies não sofrem os efeitos da interação do tipo genótipo x cortes, e são estáveis para estas condições.

3. O caráter PPL, por ser o mais sensível aos efeitos de cortes, necessita ser testado com maior número de repetições.

4. A razão CVg/CVe indica que a seleção deve ser realizada com base em processos criteriosos e com sensibilidade adequada nos três caracteres avaliados.

5. A correlação entre DPC e PPL apresenta-se promissora na seleção indireta do caráter PPL pelo DPC.

6. O teste de Scott-Knott propicia a distinção das progênies em dois grupos de classificação em relação aos caracteres avaliados.

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